terça-feira, 31 de maio de 2011
Climatinê: Rio
Carlos Saldanha, diretor de A Era do Gelo, é hoje o brasileiro de maior prestígio no cenário da Animação em Hollywood e no mundo. E é legal ver como ele não só não esqueceu suas raízes, como ainda aproveitou sua atual posição para criar um desenho animado que é uma grande homenagem a Cidade Maravilhosa.
Em Rio conhecemos a história da ararinha-azul Blu que é capturado recém-nascido por traficantes de animais no Brasil e contrabandeado para os EUA, onde é perdido e acolhido na gélida Minesota por uma garotinha chamada Linda.
Linda cria Blu como um bicho de estimação comum, tornando-o um animal carinhoso, mas sem desenvolver seus instintos naturais.
Anos depois, ela é procurada pelo cientista Tulio que lhe conta que Blu é uma espécie em extinção e a convence a levá-lo ao Rio de Janeiro para acasalar com a única fêmea de sua espécie, Jade. Chegando aqui (É, porque eu moro no Rio. Dã.), o domesticado Blu se estranha com a independente Jade. Mas os dois precisam por suas diferenças de lado quando são raptados por traficantes de animais novamente.
A partir daí, Saldanha aproveita pra fazer um tour pelo Rio de Janeiro, explorando as paisagens, os clichês e acima de tudo a beleza poética da cidade, com uma fauna de personagens típicos sejam humanos como o menor abandonado Fernando, ou animais como o tucano pai de família Rafael, o buldogue solitário Luiz e a dupla cantora Pedro e Nico (uma pássaro ruivo e um canário amarelo) etc., enquanto expõe de forma bem-humorada o processo de amadurecimento de Blu (e também de Linda) através do desabrochar do romance entre Blu e Jade.
Isso tudo somado aos vilões caricatos, torna Rio um filme óbvio, previsível, mas também simpático e agradável onde parece claro que quem realmente está no longa para brilhar é a Cidade Maravilhosa e todos os demais personagens servem apenas de coadjuvantes para Saldanha montar um retrato de um Rio de Janeiro idealizado. Existem exageros e coisas fora de lugar, mas nada parecido com coisas como o episódio dos Simpsons no Brasil. A intenção é claramente enaltecer o Rio e tentar captar e mostrar ao mundo ao menos um porquinho da magia que só quem já pisou nessa terra sabe como é.
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2 comentários:
Achei o filme divertidinho, num é uma Pixar, mas vale o ingresso apesar do excessivo humor físico e clichês a dar com pau. Só o final que me deixou preocupado, pois se eles são o último casal, com quem seus filhotes vão acasalar? Vai rolar um incesto? Isso vai ser i teressante em Rio 2. :-p
Ai o Blu o filme é demais,amei e o Carlos Saldanha mandou muito bem. E que venha o Rio 2!!!
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