sábado, 14 de abril de 2012

Climatinê: Espelho,Espelho meu

por
R2D2

Ou como uma Rainha má rouba toda a cena de uma protagonista sem carisma.



Espelho,espelho meu( Mirror,mirror,2012), é a primeira das versões programadas a saírem esse ano do maior clássico da Disney, lançado em 1930. Alias, referenciar a obra do Grande Mestre com o filme do indiano Tarsem Singh é um erro que não podemos cometer. A começar pela protagonista. Esqueça a donzela em constante apuros, sem atitude e desesperada pela chegada do príncipe encantado.Singh faz a tradução correta, nos presenteando com uma mocinha pró ativa, que toma literalmente seu destino(príncipe) em seus braços e dá vazão ao seu próprio "Felizes para sempre." Pena que falte à Lily Collins (não estranhe o sobrenome, ela é MESMO filha do Phil Collins)carisma e até beleza. Que sobra a "veterana"(não acredito que eu a adjetivei assim, estou velho) Júlia Roberts. Não é a história da princesa. É a história da rainha, Uma linda mulher,evidentemente interpretada com diversão, leveza e correção por Júlia.
O mote é bastante simples e nosso velho conhecido: A rainha má domina um reino onde os pessoas não trabalham, só parecem "cantar e dançar o dia inteiro". Branca de Neve, prisioneira do castelo, resolve sair e conhecer as agruras do seu povo,antes feliz, na época do seu pai, questiona a Rainha e claro, é mandada para a morte. Esqueçam o caçador. Singh introduz na narrativa um divertido lacaio, interpretado com graça e muita afetação pelo competente Nathan Lane. Ele é quem leva Branca de Neve para o seu infeliz destino. Claro, se compadece da moça e a deixa livre. Branca acaba conhecendo um grupo de anões. Os simpáticos e fofos anõezinhos de Disney são retratados como ladrões, maliciosos e bastante rancorosos com o mundo. É aqui que o filme toma fôlego. Branca vira uma espécie de justiceira, Robin Hood de saias, disposta a tudo para acabar com a tirania da Rainha. Nem que para isso tenha que enfrentar seu príncipe. Após um primeiro encontro mal sucedido e de uma luta bem coreografada, os dois já estão apaixonados. Mas a Rainha têm outros planos e torna o príncipe um obediente cachorrinho ( metáfora engraçada para os homens apaixonados). Novamente a protagonista não se acanha: Captura o príncipe (moderno, não?) e o beija.E o salva.E salva os anões. E enfrenta o monstro da floresta. E nem assim, apaga o brilho da Rainha.
A história é divertida. Causa graça em dados momentos. Não deve ser páreo para "Branca de Neve e o Caçador", a ser lançado em 1º de Julho e que trás a queridinha do público teen Kristen Stewart no papel principal.A narrativa curta porém, causa espaços e não convence o público. A presença de Júlia ilumina a tela, o príncipe é de fato bonito, mas quem deveria tomar as rédeas da história, falha. Isso sem mencionar a homenagem final que o diretor indiano presta a Bollywood, com um número musical sem propósito e sentido algum a narrativa. O filme é nota 6,5 e você pode esperar ele chegar ás locadoras.

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