terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Climatinê: A Rede Social Por Jonathan Linguini





Fala pessoal, aqui é o Jonathan! Mais um colaborador do Clímax.
Vou começar com a resenha deste grande filme que ainda deve estar passando nos cinemas, desculpe o atraso pra resenhar.

Quando David Fincher (de Clube da Luta) anunciou fazer um filme sobre a criação do Facebook ninguém sabia o que esperar, só restava ver o que o diretor iria apresentar, eu pessoalmente não esperava que o filme fosse uma decepção, e sim que eu seria surpreendido com o Fincher fazendo algo muito diferente do habitual.



Passou o tempo e com a revelação da sinopse e o teaser a imagem do filme começou a tomar forma, vimos que ele se concetraria mais no confronto entre os ex-amigos, isso já aproximaria mais o filme de algo que Fincher já estava mais habituado a fazer, mas o que A Rede Social foi no final foi algo ainda maior.

Pra quem não sabe, A Rede Social mostra Mark Zuckenberg (interpretado pelo ótimo Jesse Eisenberg) ainda na faculdade de Harvard enquanto "tem a idéia" de começar o site Facebook tendo como coperador Eduardo Saverin. O filme mostra também as disputas judiciais que envolveram o site, quando Saverin acusou Mark de afastá-lo dos ganhos pelo site e outros 3 estudantes de Mark ter roubado a idéia do site.

 David Fincher está cada vez mais maduro como diretor, nesse ponto o filme é tecnicamente assustador, os aspectos técnicos funcionam numa sintonia perfeita, temos uma ótima trilha sonora, direção de arte fotografia e um trabalho de edição sensacional (que provavelmente será no mínimo indicado ao próximo Oscar)

Estes pontos fazem Social Network ser um filme muito bom de se assistir, é inegavelmente bem feito, em questão de ritmo não deixa a desejar em nada. O filme também é ótimo por ser não só uma boa representação enquanto criação de um site que só cresceu e virou o que é hoje com sua inegável importância na vida de toda uma geração, mas como em desenvolver os personagens, a cena inicial por exemplo, é perfeita nesse ponto.



No fim A Rede Social é um dos filmes mais importantes dos últimos anos pra representar a sua época, falar de uma geração que cada vez mais é pressionada pelo mundo a se mostrar superior, especial, de ser reconhecida, mesmo vivendo num mar de superficialidade, ao mesmo tempo que nos mostra o início de um fenômeno social de nossa época que foi o começo da ascenção das redes sociais.

Ao que parece pelas premiações de fim de ano, A Rede Social é o atual favorito ao prêmio de melhor filme no Oscar do ano que vem, e depois de tantas vitórias mal recebidas é muito bom saber que há chances reais do Oscar realmente premiar um filme importante e que represente uma época, nada melhor do que começar uma década asssim depois de tantos anos com premiações tão sem-graça.

Acredito que seja um filme que inclusive se torne melhor numa reassistida, mas não deixa de ser um filmaço e uma demonstração de como o David Fincher é competente e sabe dirigir tão bem um filme a ponto de ser chamado de um dos grandes diretores de sua época, A Rede Social não possui o pessimismo assustador de Seven ou os “malabarismos” de Clube na Luta mas acho que assim como esses filmes, de certa forma A Rede Social deixou cravado na tela um sentimento bem definido, por mais que eu não ache (pelo menos ainda) tão bom quanto estes primeiros (principalmente a obra-prima, Seven).



Resumindo: gosta de filme bom e bem feito? Vá ver sem medo?
Tem problemas pra falas rápidas e filmes com muitos diálogos, aí é pensar melhor.

Momento memorável: [selecione para ler pois contém spoilers] o criador do Napster falando sobre como mesmo o site tendo acabado, ele alterou a história da indústria fonográfica para sempre.



Nota: 9












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