quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Baú do Tesouro: A Vingança do Águia (1978)


Todo mundo sabe (ou pelo menos deveriam saber) da minha predileção por filmes de kung fu antigos. Então esta na hora de escrever sobre mais um.

A Vingança do Águia (The Avenging Eagle), de 1978
Dirigido por Chung Sun

Comecei a procurar esse tipo de filmes graças ao Quentin Tarantino e as referências em sua filmografia, e como eu queria parecer descolado fiz uma pesquisa batuta sobre e descobri muita coisa boa.

O filme em questão que falarei agora é meio que obscuro, porém me foi uma grata surpresa, porque teve seu lançamento na década de 70 e nunca mais foi relançado, mas por meio da Celestial Pictures Limited, podemos apreciar essa beleza remasterizada, assim como a maioria dos clássicos da Shaw Brothers.



Mas vamos ao filme. Nossa história começa com um homem fugindo de um bando de desocupados que se intitulamas 13 águias, e o nome do líder do bando não poderia ser outro além derei águia, afinal de contas, identidade é tudo. Pois bem, o rei águia tem a mania feia de seqüestrar crianças e treina-las nas artes mortais do kung-fu, e no processo, fazer uma lavagem cerebral nelas para ser obedecido cegamente, praticando crimes como roubar ouro, assassinato, chutar cachorro e cuspir no chão. E claro que nosso protagonista se cansa disso e decide sair do grupo, o que deixa o rei águia #chatiado, que prontamente envia os 12 restantes para caçá-lo implacavelmente, afinal de contas é um traidor!
Nosso herói escapará das garras do seu passado?!?!? Saberemos em breve!



Esse clássico dos filmes de kung fu tem muitos méritos, um deles é nunca ficar entediante, coisa que acontece em muitos dos filmes que tenho visto ultimamente. Afinal de contas, nosso herói precisa vencer 12 oponentes extremamente bem treinados no decorrer da película, o que significa que a cada minuto temos um novo embate, com a apresentação de um novo inimigo, e o melhor de tudo, cada um é especializado em luta com um tipo de arma diferente. Logo temos o lutador com machado, o que luta com espadas, um que luta com um cachimbo (mas hein?!) o que vai deixando as lutais mais interessantes em sequência. Isso é uma coisa que gosto nesse tipo de filmes, a variedade impressionante de armas que os personagens usam. E acreditem em mim, vai desde lâminas presas aos pulsos até garras de ferro!



As sequencias de luta vão se construindo até o clímax na impressionante luta final contra o líder dos 13 águias, com cada vitória sobre os oponentes inferiores, num crescendo, sempre aumentando o ritmo do filme, e o fim com a luta do mocinhos (ainda se usa essa expressão?) contra os bandidos (sou um cara das antigas) é incrível de se ver! E sabe qual a melhor parte? A luta vai seguindo e dura um bom tempo, nada de resolução rápida ou fácil.

O filme também conta com uma ótima direção de arte e fotografia que acaba se destacando das outras produções dos Shaw Brothers, posso citar aqui a base que os 13 águias vivem.
Em suma, o filme consegue dosar cenas de ação boas, um bom plot de vingança e algumas surpresas pra nos manter focados no filme. Interessante também a forma de narrativa usada, em flashbacks, cada um mais revelador que o outro até que as pontas soltas se unem no fim, que vale a pena ser assistido.


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