Não é segredo que acho as histórias do Aranha 616 ( O universo tradicional da Marvel) produzidas de, arredondando, 10 anos pra cá uns cinco degraus abaixo do lixo absoluto. Claro que volta e meia há algumas exceções aqui e ali mas ainda assim é quase nada.
Pra quem não sabe, a Marvel de vez em quando lança histórias fora do Universo tradicional mostrando os personagens que todos conhecemos sob uma nova ótica ou apenas uma releitura(Veja post sobre os Homens-Aranha Alternativos para mais detalhes).
Pela razão citada acima, tenho cada vez mais me jogado nesses Universos alternativos. Um exemplo é o Universo Ultimate do qual eu não era lá muito fã e que resolvi dar uma chance após a Morte de Peter e hoje em dia estou adorando as histórias do Miles Morales como Homem-Aranha ao ponto de esperar ansiosamente a próxima edição. Algo que eu já não sentia há séculos.
Nos últimos tempos tenho corrido atrás de outras releituras do personagem e, no geral, tenho gostado do que andei descobrindo. Claro que há algumas coisas bem bizarras, como o Universo que a Marvel lançou pra aproveitar a onda dos Mangás na metade da década passada: O chamado “Mangaverso”. Nele, o Aranha é um ninja membro do clã Aranha. Mas no geral sou bem tolerante a essas coisas pois é um Universo alternativo e não precisa (e nem deve) ser igual ao tradicional. Como costumo falar sobre os filmes: Se eu quisesse ver algo exatamente igual ao Universo 616, iria reler os quadrinhos. Em um Universo paralelo, eu até aceitaria alguma ideia de jerico do tipo…sei lá… o Dr. Octopus trocar de corpo com o Peter.
Enfim. Dei essa volta toda pra poder falar de uma das versões mais estranha e interessante que descobri nessa linha: O Spider-Man Fairy Tales(Contos de fada). Lançada em 2007, a Minissérie em 4 edições traz a cada número, uma imaginação do herói aracnídeo inspirada em (claro) contos de fadas.
Em “Fora do Caminho“, Um feroz Lobo tem atacado jovens garotas que se arriscam passeando na Floresta. No último ataque entretanto, o Lobo foi detido por uma figura misteriosa que, por seu modo de se mover e lutar, ganhou o apelido de “Aranha”.
Tempos depois, a jovem Mary jane vai visitar a Tia de seu marido, o Lenhador Peter, que estava doente (Universos diferentes mas tem coisas que não mudam). E pra isso precisa passar pela tal floresta, domínio do malvado Lobo.
Tempos depois, a jovem Mary jane vai visitar a Tia de seu marido, o Lenhador Peter, que estava doente (Universos diferentes mas tem coisas que não mudam). E pra isso precisa passar pela tal floresta, domínio do malvado Lobo.
Já em Espíritos da amizade, somos apresentados a Kwaku Anansi, o jovem Deus Aranha que anda meio entediado afinal, nada acontece nesse mundo de divindade. Ele então parte pelo mundo em uma jornada para se encontrar e acima de tudo: Encontrar seu verdadeiro caminho.
A terceira edição denominada “Eclipse“, acompanha o jovem monge Izumi que, por deixar de cumprir uma ordem de seu Tio, permite a manifestação de um demônio que acaba levando seu Tio à morte e agora ele terá de lutar com seus próprios demônios interiores.
E por fim: “O que você deseja” temos o órfão Peter, o Cavalariço que serve ao lorde Osborn que era o melhor amigo de seu falecido Tio. Quando o Rei Stacy anuncia que haverá um grande baile para que sua filha escolha um príncipe, Osborn leva seu filho Harry para que ele seja escolhido. Maravilhado com a possibilidade de conhecer uma princesa, Peter usa uma armadura que ele vinha construindo há algum tempo para chegar e arrasar na balada deixando o Rei do Camarote no chinelo. Como ele não pode revelar seu verdadeiro nome pois o Osborn estará no baile, ele se intitula o Príncipe Arachne.
Como pode-se perceber nessas breves( E parcas) sinopses, as quatro histórias são completamente diferentes entre si mas o que me chamou a atenção foi exatamente isso: Apesar de diferentes, ainda se pode perceber facetas do Homem-Aranha em todas elas. E todas no geral trata da importância de encontrar o caminho certo a se seguir.
Vale comentar que, apesar de todas as 4 edições terem roteiros de C.B. Cebulski, os artistas são diferentes e dão uma identidade própria a cada história: Ricardo Tercio desenha a primeira edição de forma bem cartunesca, Niko Henrichon usa cores fortes pra passar a sensação de calor já que a jornada de Anansi se passa no deserto. A arte suave de Kei Kobayashi combina perfeitamente com uma história com temática oriental e por fim, Nick Dragotta tem um estilo mais clássico para demonstrar uma história clássica de cavaleiros.
Outro ponto que merece menção são as várias referências participações de outros personagens do Universo Aracnídeo ao longo das histórias, como alguns vilões clássicos ou uma certa gatinha Negra chamada Felícia.
Sei que muitos fãs Xiítas podem torcer o nariz pra versões alternativas pelo simples fato de ser diferente do 616 (Como se o próprio 616 se respeitasse) mas se você não tem problema com isso, acredito que possa gostar de Spider-Man Fairy Tales. Pra fugir um pouco da mesmície das grandes alterações que duram um ano apenas do Universo tradicional da Marvel.
Infelizmente essa minissérie se junta à diversas outras que nunca foram publicadas no Brasil. Resta recorrer à importação ou “outros meios”. E pra finalizar, vale citar que Vingadores e X-Men também tiveram suas minisséries Fairy Tales mas essas eu ainda não li.
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