sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Conheça o Sistema de Classificação Feminista de Filmes

por
Corto de Malta

A Suécia decidiu adotar uma classificação diferente para os filmes na tentativa de combater o preconceito de gênero.

Agora para ser classificado como A o filme precisa ter ao menos duas personagens femininas com nome que conversem entre si. Esse é o chamado Teste Bechdel, que foi criado em 1985 pela cartunista norte americana Alison Bechdel em uma história quadrinhos chamada Dykes to Watch Out For.



Segundo Elen Tejle, gerente de uma sala de cinema em Estocolmo, pode parecer estranho, mas algo que parece tão simples é raras vezes visto nos grandes sucessos de bilheteria:

"Toda a trilogia do ‘Senhor dos Anéis’, todos os filmes de ‘Guerra nas estrelas’, ‘A Rede Social’, ‘Pulp Fiction’ e todos menos um ‘Harry Potter’ fracassam nesse teste"


Além de quatro Cinemas diferentes, o sistema também será adotado pelo Isntituto de Cinema sueco e pela TV por assinatura escandinava Viasat Film, que usará a classificação nas sinopses dos seus filmes, e até programou uma Sessão A tripla pra inaugurar a novidade na programação de domingo com a exibição de Jogos Vorazes, A Dama de Ferro e Selvagens.

"O objetivo é ver mais histórias e perspectivas femininas nas telas de cinema."



Segundo com pesquisa do Centro de Estudo da Mulher na TV e no Cinema, de San Diego, dos 100 principais filmes americanos de 2011, as mulheres representaram 33% de todos os personagens e apenas 11% dos protagonistas

No entanto, nem todos concordam com isso. O crítico Hynek Pallas disse:

“Há muitos filmes que passam no teste Bechdel, mas não ajudam a tornar a sociedade mais igualitária ou melhor, enquanto outros não passam nesse teste e são maravilhosos.”



A verdade é que esse preconceito com mulheres em filmes existem sim. Não precisa se esforçar muito pra ver que muitos mais filmes não passam no Teste Bechdel. Exatamente porque ela são rotuladas como menos importantes que os personagens masculinos. A indústria cinematográfica é sexista, não se pode negar isso.

A questão é: será que criar mais um rótulo pra combater outro rótulo é a solução? Acho que só o tempo dirá.

 Clique aqui e leia a reportagem completa no site do globo.



FONTE: O Globo

Um comentário:

Anônimo disse...

Feminista caçando pelo em ovo, como sempre.

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