terça-feira, 8 de outubro de 2013
Climatinê: A Maldição de Chucky por Macgaren
Muitos dizem que a criatividade acabou em Hollywood. Isso se deve ao grande número de remakes, reboots, continuações e etc. No gênero de Terror não é diferente.
Depois de Massacre da Serra Elétrica, Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13, Halloween e mais um sem número de produções ganharem uma nova roupagem para os dias de hoje, chegou a vez do boneco Chucky sair da caixa mais uma vez neste novo “A Maldição de Chucky”.
Uma família recebe de remetente desconhecido um estranho boneco e a partir da chegada dele, mortes começam a ocorrer. Quem será o culpado (Oh! mistério…)
Enquanto muitos ao pensar em brinquedos no cinema lembram de Toy Story, eu só consigo pensar no Chucky. Lembro como esse boneco me traumatizou quando eu, apenas um pequeno Mac, vi o filme lá em 1990 (Se bem que, parando pra pensar, eu já não era lá tão pequeno mas enfim). Apesar disso, acabei virando fã da franquia. Lembro que assisti ao terceiro filme na escola(Bons tempos em que as professoras exibiam esse tipo de filme na a sala de aula…). Ok, não era lá essas coisas mas ainda assim eu gostei. Aliás, gostei inclusive da Noiva de Chucky, quando a franquia se assumiu como uma paródia dela mesma. (Vamos ignorar O Filho de Chucky)
Não sou lá muito exigente quando se trata de filmes. Não entendo de cinema a ponto de falar de iluminação, fotografia e tudo isso. Pra mim, o filme pode até ser ruim como obra cinematográfica mas se me divertir por aquela uma hora e meia, é o que vale. Devo dizer que queria muito ter gostado de “A Maldição de Chucky” mas não deu.
Mas vamos começar logo pelos defeitos pra exorcizar logo os demônios.
Eu sou do tipo que gosta quando usam efeitos práticos em filmes. Prefiro muito mais quando usam animatrônics, dublês e outros truques no lugar da CG pois, por melhor que seja, em grande maioria dos casos, CG sempre acabam ficando meio irreais. O problema é que se forem usar os efeitos práticos, precisam saber o que estão fazendo: Nesse filme, o Chucky é um animatrônico e usa pouco CG. Mesmo assim arrisco dizer que o boneco ficou pior que o do primeiro Brinquedo Assassino. O movimento dele é estranho. Muitas vezes parece que ele está apenas sendo arrastado pelo cenário. O cúmulo é uma cena onde, após cair e levantar, ele se vira sem nem mexer as pernas. Quase (e é o que deve ter acontecido) como se estivesse preso em um eixo preso a uma plataforma giratória e tudo o que fizeram foi apenas apagar tudo que não fosse o boneco. É no mínimo ridículo.
Some a isso atuações patéticas (o Chucky, com toda sua limitação é o melhor ator ali), furos de roteiro gigantes (Um inclusive que faz o final do filme perder o sentido). E falando do roteiro, ele é qualquer coisa: Inventam uma história que tenta fazer ligação com o primeiro filme mas que acaba não funcionando e só serve pra puxar um dos pontos positivos do filme.
E a partir daqui terá spoiler do filme, leia por sua conta e risco ou pule pro texto após a imagem.
O filme parece ser mais um desses reboots que surgem por todo lado mas lá pra metade do filme descobrimos que A Maldição de Chucky é um novo capítulo da franquia e se passa após os filmes anteriores. E a razão dessa família ter sido escolhida como vítima do Chucky tem relação com o motivo do Charles Lee Ray estar fugindo lá no começo do primeiro filme. E ele culpa esse fato por ter tido a alma aprisionada no corpo do boneco. Ok. Falando assim não tem lá muito sentido… e na verdade não tem mesmo! Isso só está na parte dos pontos “positivos” porque eu achei legal terem fugido do reboot e preferido continuar a história. Ainda é mau feito, mas valeu a tentativa.
A melhor parte do filme de longe é a cena pós créditos pelo fato de trazerem o ator Alex Vicent, que viveu o Andy nos dois primeiros filmes para reprisar seu papel em uma aparição especial. Devo dizer que a cena só tem sentido se você ignorar a última cena do filme em si (ou eu que perdi alguma coisa nesse belo roteiro elaborado) mas quem se importa? Eu particularmente adoro quando fazem essas homenagens a algo do passado de alguma franquia. A participação tanto dele quanto da Jennifer Tilly ajudou a tornar essa bomba um pouco menos dolorida.
No fim, é muito pouco pra um filme que leva uma marca tão conhecida como o Chucky. Apesar de voltar ao gênero original, o filme falha miseravelmente em tentar causar terror. O pobre Chucky merecia coisa melhor do que essa brincadeira de mau gosto.
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3 comentários:
Porra Corto (Sim, eu sei que o Macgaren é um fake)!
Resenha de Chucky?!
Nada se justifica nesse filme.
Fiquei puto de gastar espaço no HD baixando essa merda!
Bom filme
Rodrigo, quem te garante que eu não sou um fake do Macgaren?
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