sexta-feira, 14 de junho de 2013

Top Max: 12 Maiores Heróis Românticos da Ficção

por
Corto de Malta


Ainda pegando carona na Semana dos Namorados vamos elencar os personagens que reúnem as características mais marcantes entre os heróis de romances.




Alguns personagens de ficção se tornaram modelos de um certo de tipo de personalidade e atitude baseadas em ideais românticos e que inspiraram muitos outros, em diferentes mídias, criando arquétipos que se perpetuam através dos anos.



Mesmo com o passar das épocas, a personalidade cativante de algumas figuras permanece a mesma. Seguem abaixo os 12 entre os mais marcantes:






12 - Tristão



Obra: Lenda da Idade Média.
Criador: Thomas Malory*.
Amada: Isolda.

*É uma das lendas medievais conhecidas como Ciclo Arturiano, envolvendo o Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Um dos primeiros escritores conhecidos a transformá-las numa obra fechada foi Malory com o livro A Morte de Arthur.

Tristão é o protótipo do herói romântico na sua consideração mais conservadora, um cavaleiro galante e carismático que se apaixona pela donzela em perigo que está prometida a outro por causa de uma poção mágica. Hoje em dia é considerado ultrapassado, mas ainda é melhor que seu contemporâneo Lancelote, cujo amor proibido destruiu Camelot.





11 - Mr. Darcy




Obra: Orgulho e Preconceito.
Criadora: Jane Austen.
Amada: Elizabeth Bennet.

Mr. Darcy era um visão humanizada do modelo do herói perfeito. Ele era inquieto, antipático e suas qualidades como nobreza de caráter só vinham a tona para quem o conhecesse na intimidade. Deu origem a quase todos os protagonistas de novelas e melodramas e por aí pode-se notar que também é um modelo ultrapassado, ao menos pro público dos dias de hoje, pra quem a primeira impressão sempre conta mais.





10 - Werther



Obra: Os Sofrimentos do Jovem Werther
Criador: Goethe.
Amada: Charlotte.

Baseado em estranhos fatos reais da vida de Goethe, Werther fez um sucesso tão absurdo contando as agruras de um jovem embriagado de paixão que não consegue esquecer seu amor platônico por uma mulher que se casa com outro, que levou vários jovens alemães a cometerem suicídio como o personagem. Quase todo mundo que amou, sonhou e se desiludiu na juventude conserva algum traço de semelhança com o personagem.





9 - Cyrano de Bergerac



Obra: Cyrano de Bergerac.
Criador: Edmond de Rostand.
Amada: Roxane.

Também baseado em um personagem real, Cyrano foi um poeta prodigioso e um espachim temido, mas passou a ser lembrado na cultura popular por causa de seu nariz enorme. Apaixonado por sua prima Roxane, ditava versos para outro recitar para ela. É quase um símbolo dos amores não correspondidos dos intelectuais (ou nerds) que sofrem rejeição pela aparência.







8 - Fera  



Obra: A Bela e a Fera.
Criadoras: Gabrielle-Suzane Barbot e Jeanne-Marie LePrince de Beaumont.
Amada: Bela.

Taí um personagem interessante. Por trás de um monstro bestial estava um príncipe de contos-de-fadas, mas isso só é revelado no final da história. Antes disso Bela, mesmo convivendo bem com seu amável e generoso anfitrião, não consegue suportar a idéia de casar com ele... até que o vê morrendo de amor por ela. Ainda é um forte exemplo de como as aparências enganam. Parece ter sido o embrião de personagens como O Corcunda de Notre Dame e O Fantasma da Ópera.





7 - Quasimodo, O Corcunda de Notre Dame




Obra: Notre Dame de Paris (O Corcunda de Notre Dame).
Criador: Victor Hugo.
Amada: Esmeralda.

O que é mais fascinante no personagem do Corcunda é que aparentemente ele poderia ser só um capanga deformado do malvado sacerdote Frollo. Mas demonstrou sua verdadeira natureza de bondade e sensibilidade ao salvar a vida de Esmeralda, por quem se apaixona perdidamente. Victor Hugo mostra que de todos os personagens que amam a cigana no livro, Quasimodo era quem mais a merecia, por seu sentimento desinteressado. Mesmo acabando por não conseguir impedir que seu amor seja executada (no livro), Quasimodo não a abandona mesmo depois da morte preferindo ser enterrado com ela.





6 - Florentino Ariza



Obra: O Amor nos Tempos do Cólera.
Criador: Gabriel García Marquez.
Amada: Fermina Daza.

Inspirado apenas parcialmente na história de seus pais, García-Marquez contou a comovente história da vida de Florentino Ariza, que mesmo após perder seu amor na adolescência por diferenças sociais espera pacientemente mais de 50 anos até que ela se torne viúva para conquistá-la novamente, agora na velhice. O livro não tenta tornar Florentino um herói virtuoso e sim humano. Ele comete erros e magoa pessoas, mas ao fim consegue fazer seu amor triunfar sobre o tempo.






5 - Jay Gatsby



Obra: O Grande Gatsby.
Criador: F. Scott Fitzgerald.
Amada: Daisy Buchaman.

Tal qual o personagem anterior, Gatsby foi separado de seu romance de juventude por diferenças sociais e esperou anos para reencontrá-la, fazendo um imensa fortuna com outra identidade. E assim forjou sua entrada na alta sociedade. Só não esperou que ela ficasse viúva e se tornou seu amante mesmo. Terminou se envolvendo então numa série de confusões que culminaram no seu assassinato por lhe ser imposta a culpa de um crime cometido por sua amada Daisy, a quem jamais denunciaria, ainda que a recíproca não fosse verdadeira. Uma das figuras mais tristes da ficção, Gatsby tornou-se outra pessoa para obter o amor de alguém que também já não era mais a mesma pessoa.






4 - Romeu Montecchio



Obra: Romeu e Julieta.
Criador: William Shakespeare.
Amada: Julieta Capuletto.

Como casal Romeu e Julieta são praticamente sinônimo de paixão ou romance trágico. Verdade que Shakespeare se baseou em outras fontes (como a lenda de Píramo e Tisbe) para conceber a história dos amantes separados por famílias inimigas onde cada um se mata ao ver o outro morto. Mas sua peça foi tão marcante e inspiradora ao retratar o sentimento que aflorava entre os dois jovens que se tornou modelo pra um sem fim de filmes, livros, novelas etc. Como esquecer da declaração de Romeu na cena do balcão?




3 - Orfeu



Obra: Lenda da Antiguidade Grega.
Criador: Desconhecido.
Amada: Eurídice.

 Orfeu era um artista  feliz tocando sua lira para sua musa Eurídice, quando a mesma foi picada por uma cobra para fugir do assédio alheio. Orfeu LITERALMENTE desceu ao Inferno para salvá-la, comovendo a todos com sua música: Caronte, Cérbero, Hades. Mas, mesmo após fazer o praticamente impossível não conseguiu efetuar o resgate e trazê-la de volta ao mundo dos vivos. Apesar disso, permaneceu fiel a sua amada até encontrá-la no outro mundo após ser cruelmente morto pelas mênades que não aceitavam sua rejeição. Inspirou A Divina Comédia de Dante Alighieri e é até hoje um símbolo do amor que ultrapassa as barreiras da vida e da morte.





2 - Heathcliff




Obra: O Morro dos Ventos Uivantes.
Criadora: Emily Bronte.
Amada: Catherine Earnshaw.


A vida de Heathcliff sempre foi difícil. Órfão, era maltratado pelo irmão de criação, que o considerava um pária, enquanto amava sua irmã adotiva, a temperamental Cathy, que preferiu casar com um homem mais rico. Após passar por essa última humilhação, ele deixa de lado seu último resquício de bondade, e só volta a casa do Morro dos Ventos Uivantes com um único desejo: vingança. Retorna rico e durante anos inferniza a vida de todos que ele julgava que lhe deviam algo, mas no fundo sempre agiu movido por um amor mal resolvido.

Após a morte de Cathy ele chega ao extremo de violar seu túmulo para que seu espírito não descanse em paz e fique com ele e só encontra a paz quando pode se juntar a ela. A forte personalidade de Heathcliff inspirou vários heróis e anti heróis modernos. O Edward de Crepúsculo, por exemplo, é uma versão pasteurizada dele. Heathcliff é o arquétipo do chamado herói byroniano em toda a sua impulsividade. Sua reação à injustiça que sofre é muito mais enérgica e seu ímpeto de destruição é desmedido e direcionado a todos, não apenas a ele próprio (diferente de outros heróis românticos), algo que é tão humano que o torna inesquecível.





1 - Sidney Carton




Obra: Um Conto de Duas Cidades.
Criador: Charles Dickens.
Amada: Lucie Manette.

Provavelmente o modelo máximo do heroísmo moderno. Sidney Carton era um jovem e brilhante advogado em quem ninguém via grande futuro por ele mesmo não se importar tanto com sua própria vida. É um bêbado sem amor próprio ou ambições que inveja seu sósia Charles Darnay por enxergar nele todas as qualidades que fazem com que sua amada Lucie Manette resolva se casar com ele. O livro de Dickens narra o período da Revolução Francesa em que é instaurado o Reinado de Terror e inocentes vão aos montes para a guilhotina. Após vários acontecimentos, é nesse momento de crise, em que Darnay é um dos injustamente condenados à morte, em que emerge o verdadeiro caráter de Sidney Carton.

Ele deliberadamente se aproveita da semelhança física com o rival e troca de lugar com ele, para que Darnay possa fugir da França com a família e com Lucie, a quem Sidney tanto amava.  A obra e seu personagem mais marcante inspiraram também vários livros, filmes e novelas. Você vê características de Sidney em personagens que vão desde o Ricky Blaine interpretado por Humphey Bogart em Casablanca até o Severo Snape de Harry Potter. A história inspirou filmes que nem sequer eram romances como Jornada nas Estrelas - A Ira de Khan e Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Sidney Carton é um personagem único e comovente por transformar um amor não correspondido na oportunidade de ser uma pessoa melhor através de algo que vai além do amor romântico: o amor ao próximo. Antes de se sacrificar o personagem diz:

"Esta é, com certeza, a melhor coisa que eu faço, das que eu já fiz; este será, com certeza, o melhor descanso que terei e que jamais tive."



3 comentários:

Bruno disse...

Te expulsaram do MDM corto?

Corto de Malta disse...

Não. rs

Bruno disse...

O que aconteceu então?

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