É inegável que o cinema e a cultura pop andem
totalmente carentes de grandes obras de Ficção Científica atuais... O último
trabalho do aclamado diretor Ridley Scott criou uma enorme expectativa (Deus do céus
quantos podcasts!!!!) para os fãs da franquia Alien. Mas será que cumpriu?
Terça-feira dia 19 de junho de 2012 (sim estou
muito atrasado com essa resenha), fui conferir com meu pai Prometheus. Recomendo
muito ver em 3D. Aqui vai uma tentativa de fazer uma resenha sem spoilers.
Vamos a manjadíssima
sinopse: Em 2089 uma equipe de exploradores descobre novos indícios
sobre as origens da humanidade na Terra, levando-os a uma aventura (2090)
impressionante pelas partes mais sombrias do universo. Liderados pela
professora Elizabeth Shaw. Aonde eles esperam encontrar as respostas da origem
da vida diretamente dos seus supostos criadores. No entanto, indizíveis
terrores os aguardam...
E assim segue Prometheus. Uma interessante
mistura de Sci fi, com pitadas de filosofia e claro terror beirando o
gore. Só que antes dou uma sugestão vá pra cinema sem esperar nada de Alien...
espere apenas um filme de ficção científica.
Bom, meu pai particularmente um achou um filme
bem acima da média (não se espera nada menos de Ridley Scott) mas deixou bem
claro que muito aquém de Blade Runner (e com certeza a proposta do filme nem
era esse). Mas com um visual fantástico e com questões realmente intrigante.
Meu pai até mesmo fez uma alusão interessante dessa cena, com o suicídio de
Sócrates:
Uma das poucas coisas que ele reclamou foram as
várias coincidências do filme com "Nas Montanhas da Loucura" do H.P. Lovecraft.
Achando muito chupinhado e ficou realmente triste pelo Guilhermo Del Toro (iretor do Hellboy, Labirinto de Fauno) ter
desistido do filme desse livro/conto do Lovecraft devido à Prometheus.
Minha opinião, o filme é válido pelas dúvidas que
ele suscita, toda discussão e as possibilidades (tendo até uma possível ligação
com Jesus Cristo, rs). No entanto, pra mim o filme falha, no elenco humano. Na
boa, eles foram mau trabalhados. Eles são tratados apenas como gatilho pra
história.
Um exemplo: Você realmente não consegue relevar que
numa expedição de um trilhão de dólares (todos os humanos ali são um
investimento, certo?!). Quando dois deles ficam presos numa caverna, o resto da
nave simplesmente desconsideram eles, nem pra dar um apoio tático ou apoio
moral, ok eles estavam esperando só esperando a tempestade passar (e tinham as
sondas pra se localizarem), mas puxa vida quando alguma criança caí num
bueiro na terra sempre fica um bombeiro falando o tempo todo com ela,
porque numa missão de trilhões de dólares num planeta desconhecido male má ia
ficar só o piloto da nave jogando conversa fora com os eles até
ter algo melhor pra fazer?
São coisas assim que ficam te incomodando no
filme todo. A história é boa e intrigante, visual maravilhoso... mas quando se
trata do desenvolvimento dos personagens humanos o filme peca. De longe o
personagem do Michael Fassbender é o melhor disparado, tanto nas suas
motivações quanto nas sutilezas de sua personalidade.
Na atual safra medíocrecidade criativa de
Hollywood esse filme torna-se um excelente entretenimento, claro que pra mim
muito aquém de Blade Runner e até mesmo de A Origem. Mas já é um começo pra
mudança desse cenário. Que se depender de Ridley Scott teremos uam nova
trilogia.
Olha é isso pessoal, se quiserem saber mais sobre
o filme, do que minha opinião sobre o filme, fiquem com essas duas excelentes resenhas (com
spoilers):
Da nossa amiga Lady Skywalker.
E uma dos camaradas do Uarevaa.
2 comentários:
Lilian.
Realmente minha opinião é meio parecida com a sua.
Mas não me leve a mau menino, sua resenha na minha opinião, precisaria de um pouco mais de contéudo sobre o filme...
Tô lendo
"Nas Montanahs da Loucura" e realmente são muitas as similariedades, menos no que tange a motivação principal (a origem da vida) dos personagens humanos.
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