sexta-feira, 26 de junho de 2015

Climatinê: Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros



O Parque está novamente aberto.



A ideia de um Parque Temático com dinossauros verdadeiros era boa demais para que meia dúzia de defuntos a enterrassem e ao longo de 20 anos, mexeram aqui, arrumaram lá e o Parque saiu do Papel e foi finalmente aberto mesmo após a morte de John Hammond. Mas como tudo, um dia a empolgação acaba e ver dinossauros já não é lá muita novidade. Para manter o Parque sempre atrativo, a ideia “jeniau” dos caras foi: Bora criar um Dinossauro Híbrido: Joga tudo que a gente tem em matéria de DNA, mistura, bota pra assar e após 30 minutos vê o que sai. O resultado dessa “sopa” foi o chamado Indominus Rex, um animal  extremamente inteligente e com sede de sangue. E claro que o bichão escapa e a p$##@ fica séria.
Antes de começar, devo avisar que o post terá Spoilers

Como já faz  um bom (muito…muito mesmo) tempo que não atualizo isso aqui, vale mencionar algo que já comentei diversas vezes num passado tão distante que deve fazer uns 10.000.000 anos: Jurassic Park é, junto com De Volta para o futuro, meu filme preferido. Não dá pra medir em números a quantidade de vezes que revi o primeiro filme (e até suas continuações que apesar de muito abaixo do original, ainda consigo gostar).  Dito isso, foi com empolgação que fui ao cinema conferir Jurassic World e não me decepcionei nem por um minuto. Mas como sempre, vamos alimentar os Dinos parte por parte:
Jurassic World vai contra a moda Hollywoodiana atual de fazer reboots, remakes e afins de clássicos do passado e se assume como continuação do primeiro filme (Os outros dois nem são lembrados). E nós vemos referências a ele a todo momento, seja em cenas parecidas, ângulos de câmera durante ataques de Dinossauros, locais que os personagens passam (aliás, dá um aperto no coração ver a sede do antigo Parque toda destruída) .

Antes de falar dos astros principais, deixe-me dar um segundo de prosa sobre os secundários: Os humanos. Temos os de sempre: O herói pra salvar o dia (Cris
Star Lord Pratt), a mocinha que serve de interesse romântico pro protagonista (Bryce
 Gwen Stacy Dallas Howard) a dupla de crianças chatas que se perdem durante a confusão, um antagonista que quer usar os dinossauros como arma em guerras (EUA sendo EUA) ( Vicent
Rei do CrimeD’Onofrio) e um monte de figurantes e extras afinal, os dinossauros precisam se alimentar.
Vale ressaltar que apesar de servir de interesse romântico pro  protagonista,  Claire, a personagem da Bryce não faz a típica mocinha em perigo que precisa ser salva a cada momento. Muito pelo contrário: é ela quem acaba salvando a pele do Cris Pratt em dado momento, além de ter a ideia final que vai salvar a galera. Também quero mencionar o domador de Velociraptores Owen, personagem do Cris Pratt. Muito legal ver o modo que ele lida com os raptores e ver que os animais o respeitam a ponto de torná-lo, como ele próprio diz, o “alfa” do bando. E tem a bela cena , já mostrada no trailer dele liderando os Raptores à caça do Dino Mau.

Para os padrões de exigência
 dos pseudo críticos de hoje em dia, o roteiro de Jurassic World pode soar raso, e até repetitivo se tomar por base o primeiro filme, dado as várias situações semelhantes que ocorrem nos dois filmes mas, pelo menos pra mim, não incomodou em nada. Muito pelo contrário. Rapidamente o roteiro nos passa a história dos personagens e sem que precise perder muito tempo nisso, sabemos que a Claire é Workaholic, o que a mantém afastada da família, que os garotos foram pro Parque pra distraírem já que os pais estão em vias de se separar e etc.
Ainda sobre os moleques, curioso como eles se viram bem melhor que a dupla do primeiro filme.  Claro, Ainda estão no meio de um lugar lotado de dinossauros(Mesmo que a grande maioria aqui seja herbívoros)  mas ainda assim, conseguem voltar à sede do Parque  mais facilmente.
Outra coisa que gostei foi terem explicado a razão para os Dinossauros não serem “cientificamente corretos” e manterem suas visuais clássicos: Eles foram feitos geneticamente à imagem que o público gostaria de ver. E devo concordar pois, melhor ver um Velociraptor Clássico que um bicho que mais parece uma Galinha Gigante.

Mas agora vamos falar dos astros principais:  A começar com o Grande Vilão do filme: o Indominus Rex. O bichão é realmente assustador pois, não só tem características de vários dinossauros como é inteligente e mata só pelo prazer de matar (devem ter colocado DNA humano na sopa, também). Há algum tempo li em algum lugar que minha parca memória não me deixa lembrar onde que Jurassic World se assemelhava a um Slasher com Dinossauros e, no fim é bem isso: Temos um assassino Serial matando geral e quase imparável. Só faltou usar uma máscara de hóquei.
Os Raptores são um show á parte. Não aparecem muito mas quando partem pra ação, lembramos que, apesar desses do filme serem mais “”"dóceis”"”"  ainda são animais que podem te rasgar em um piscar de olhos. E temos também ele!!   Que aparece no finalzinho só pra deixar claro quem merece ser chamado de Rei dos Dinossauros: O Tiranossauro Rex.
Uma coisa que costuma me incomodar mas que dessa vez eu gostei: O 3D. Pela primeira vez eu fiz algo que sempre quis fazer em um filme com essa tecnologia que, até agora era inútil: Me assustar e desviar de algo que foi jogado em direção á tela. Ainda não é muita coisa mas melhor que nada.

Finalizando, Jurassic World pode não ser o melhor filme do Mundo, ter defeitos técnicos que os entendidos em cinema irão localizar e tudo o mais mas, pra mim, um fã do primeiro filme, ele é perfeito, divertido e emocionante . Dava um arrepio sempre que a trilha sonora clássica era tocada (aliás, um adendo, a trilha do filme é do Michael Giaccino, mas claro que a clássica do Mestre John Williams não podia ficar de fora)mas meus olhos suaram um pouco quando o Tiranossauro Rex surgiu no final.
Decididamente: O Parque está aberto novamente.


Um comentário:

Alexandre disse...

Excelente. Muito boa a crítica, das que vi por aí foi a que mais bateu com a minha opinião...

Postar um comentário

Todos os comentários e críticas são bem vindos desde que acompanhados do devido bom senso.