sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Da Prensa: Pato Donald 2428 por Corto

por
Corto de Malta

Não é das mais engraçadas sátiras nem dos momentos mais cômicos da revista.

A Grande Viagem


Roteiro: Pat McGreal, Carol McGreal.
Desenho: Cèsar Ferili Pelaez. 



Mickey e Donald são levados pelo Mago Randolfo para o Mundo Médio onde deverão lutar contra um dragão e recuperar um valioso tesouro.  Paródia ao livro O Hobbit de J.R.R. Tolkien, ao menos é mais condensada que a trilogia de Peter Jackson.


O problema é que a história demora pra engrenar e deixa a sensação de que poderia ter tido mais piadas referenciais... ou mesmo mais piadas. Os poucos momentos engraçados ficam pras fugas do Mago, a participação das aves e a cena final "entrando" na saga do Senhor dos Anéis.

Mas o que vale a edição inteira é o seguinte diálogo:


DONALD: Não é estranho que todos os animais aqui possam falar?

MICKEY: Astuta observação vinda de um pato falante.





Os Piratas da Lagoa



Roteiro: Pat McGreal, Carol McGreal.
Desenho: Marco Rota. 

Huguinho, Zezinho e Luisinho ouvem a história de um pirata que enterrara um tesouro em Patópolis e parte para encontrá-lo. ao mesmo os Irmãos Metralha buscam um local para esconder uma fortuna roubada em moedas raras de um colecionador.

Com uma trama tipicamente barksiana os autores apresentam uma história mediana, porém competente, e um roteiro bem resolvido, com direito a uma interessante reviravolta no final. Se faltou humor, ao menos a dupla Pat e Carol McGreal entrega um retrato simpático dos Escoteiros-Mirins ao lembrar que, mesmo sendo muito inteligentes, não deixam de serem ingênuos como crianças comuns.

A história faz referência a dois piratas famosos. Um da ficção, Jack Sparrow (que virou Jack Spirro) e outro da vida real, Jean Lafitte (aqui Grafite).





A Rainha da Festa



Roteiro: Pat McGreal, Carol McGreal.
Desenho: Vicar.

Doido para se livrar das investidas da Princesa Oona, A Pata das Cavernas, Donald faz uma aposta com o Tio Patinhas que tornará apresentável a arrumará um namorado para ela num baile da sociedade organizado pela Margarida.

Outra história tipicamente barksiana, só que com resultado muito insatisfatório. A referência a O Pigmaleão (My Fair Lady) é óbvia, mas mal explorada. A trama que tinha tudo para ser a mais engraçada da revista é uma sucessão de piadas esquemáticas com um desfecho sem graça tornando o roteiro um verdadeiro desperdício da arte do Vicar.

Oona não é uma personagem original, ela é como uma mistura da Brigite, a pata apaixonada que vive atrás do Tio Patinhas nas histórias italianas com o Buba, o Patinho das Cavernas da animação Ducktales. Ainda assim eu gosto dela, pois enxergo ali um potencial cômico. Infelizmente, fica claro aqui que muitas vezes os roteiristas não sabem o que fazer com a personagem e seu destino num futuro próximo corre o risco de ser cair no limbo do esquecimento, tal qual já ocorreu com vários outros.


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