Vou ser bem honesto e dizer que esse filme não é nada do que eu estava esperando... SPOILER ABAIXO...
Titulo: Pain and Gain (2013)
Diretor: Michael Bay
Elenco: Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Anthony Mackie, Tony Shalhoub, Ed Harris, Rob Corddry, Ken Jeong, Peter Stormare
Por algum motivo eu achei que veria um filme sobre marombeiros sendo marombeiros. Achei que vendo o filme eu teria uma nova série de rotina de treinos pra copiar e piadas novas pra humilhar meus “amigos” de academia. Mas nada, Neca, Nothing... Que decepção.
Igual quando eu descobri q o termo “anti-herói” não era o mesmo que “anti-pulga”... Mas eu preciso trabalhar, afinal de contas eles só me dão comida quando eu produzo um texto... e as chicotadas e torturas estão cada vez piores... não sei como eu tenho agüentado essa vida preso aqui, sonhando com os dias que eu era livre... Oi? O que? Não! Me desculpe Corto! Eu não estava tentando pedir ajuda! Por favor, não me bata mais!
Logo após Tranformers: Dark of the Moon (2013) vir às telas, o excepcional diretor Michael Bay disse que deixaria a franquia que ele consolidou já que tinha em mente produzir um filme “menor”, menos pretensioso e mais barato (o que nas palavras dele é qualquer coisa que custe 25 milhões de dólares) chamado Pain and Gain; a história de três bodybuilders da Flórida que pensam: “Ora bolas! Vamos seqüestrar um milionário!” E assim eles vão aprontando as maiores confusões, o torturam e o forçam a entregar sua fortuna, o matam e toma a sua vida pra si! Quem que malha em academia e nunca pensou nisso?
Infelizmente, pra nossos intrépidos heróis, esse milionário é osso duro de roer e se recusa a morrer, quase como um Rasputin da vida.
Mas sabem o que mais me impressionou? Tudo isso é baseado numa história real. O quanto real é esse filme? E isso é algo bom?
Pain and Gain é um filme que acabou gerando muita controvérsia porque a população de um modo geral (principalmente os que já sofreram alguma forma de crime) não gostam de ver criminosos sendo glorificados, não simpatizam com bandidos (pessoas normais, pelo menos).
Mas devemos admitir uma coisa! Muito do que foi dito não tem mérito, porque eles são mostrados como desprezíveis, e o filme foi feito tendo a idéia de que não deveríamos nos “linkar” a esses personagens. Claro, eles são engraçados e divertidos na tela, porque Wahlberg, Johnson e Mackie os interpretam desta forma, quase como uma grande comédia de humor negro. Porém mesmo conosco rindo das loucuras das situações em momento algum são feitas pra que simpatizemos com eles, sendo assim, se você é um cara preocupado com os bons costumes, pode jogar pela janela suas preocupações.
Eles não são os heróis do filme, eles são os vilões! O que faz do filme um grande conto sobre a moral e moralidade. Quase como um episódio de Tales from the Crypt, onde o cara mal sempre se dá, humm, mal no fim. Podemos conferir isso no fim, onde aprendemos que o crime não é o melhor caminho para o sonho americano...
Mesmo que este seja um ponto de partida dos sortilégios de Michael Bay, que normalmente trabalha com filmes que custam mais de 200 milhões de dólares, Pain and Gain ainda é muito mais um filme de Michael Bay. Mantendo-se fiel ao seu estilo, há muita cor, há muitos carros legais, pôr do sol, gatas seminuas, quero dizer, tudo o que temos à esperar normalmente. Uma coisa que está faltando no entanto: explosões. Michael Bay e onde não há uma explosão a cada cinco minutos.
A química entre Wahlberg, Dwayne Johnson e Mackie é incrível, eles realmente são o que nos mantém assistindo o filme, e ao contrário do que esperávamos, não são os efeitos visuais que nos prendem ou mesmo ação desenfreada, e sim situações divertidas e insanas e diálogos engraçados de três bandidos musculosos, atrapalhados e estúpidos. Quer um exemplo? Em um momento, enquanto eles estão planejando um assassinato o personagem de Wahlberg diz: "Eu vi um monte de filmes, eu sei o que estou fazendo!" (nota: ver no filme é mais divertido que ler :P rs)
Créditos devem ser dados a Tony Shalhoub, que esta acostumado a interpretar personagens tranquilos, introspectivos, e agora foge da sua zona de conforto pra arriscar em algo novo, um personagem rico esteriotipado que todo mundo odeia. Sendo ao mesmo tempo a vítima e aquele que todo mundo odeia por ser desprezível. A coisa engraçada sobre o caráter de Shalhoub é que ele era um, digamos, “espertinho” na vida real, pois já foi processado por cometer fraudes e desvio de dinheiro, embora esta parte da história não é abordada no filme.
Houve algumas mudanças, principalmente com o personagem interpretado por Dwayne Johnson. Na vida real, o personagem de Johnson era um cara fracote, não bodybuiler. Mas esses tipos de mudanças são esperadas, os diretores gostam de aproveitar a chance para fazer seu filme mais dramático, ou, mais orientado para a ação, maior, mais alto, especialmente em um filme de Michael Bay. É por isso que Bay, vendo a oportunidade com o sempre ultra-carismático Dwayne Johnson, transformou o personagem em um monstro de forte. Mas, de modo que, no final, este filme é uma hipérbole, um exagero muito divertido.
Então, missão cumprida, eu estava rindo o tempo todo (aqui, preso na solidão do meu trabalho, amarado as correntes... se alguém estiver lendo isso, me ajude!). E justamente quando você acha que a história não pode ficar louca o suficiente, Dwayne Johnson começa um churrasco com partes humanas, a imagem congela e um texto aparece na tela dizendo "esta história ainda é baseada em fatos reais".
Nunca confie em um marombeiro.
2 comentários:
Que plot bizarro
HAHAHAHAHAHA, gostei! Como (ui!) um bom nerd E marombeiro, vou assistir a película!
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