sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Climatinê: Wolverine Imortal por Macgaren



A Redenção do Carcaju.

Apesar de eu achar “X-Men Origens: Wolverine” divertido, não dá pra negar que ele é mais fraco que macarrão molhado. Por isso as expectativas gerais para essa continuação eram as piores possíveis. Mas não é que o filme acabou surpreendendo? Ok. Não é uma coisa que se diga: “Minha noooossaa! Que filme!! Mas ainda assim é bom.

O post terá alguns spoilers leves.



Diferente de “Origens” , Wolverine Imortal (Que será chamado a partir daqui apenas de “Wolverine” já que o título nacional é idiota) se passa após a trilogia clássica dos filmes X.  Acho que eles resolveram deixar o passado do Mutante pra lá já que não deu muito certo na vez anterior. Se bem que, de uma maneira ou de outra, é no passado que esse filme se inicia já que o Logan terá que ir ao Japão para se despedir de um velho amigo que ele conheceu na 2ª Guerra e que está às portas da morte.

É isso que faz o mutante Canadense cair no meio de uma disputa familiar envolvendo inclusive a Yakuza (e Nindjas!!). E só não falo que o sangue vai rolar porque…bom, como de praxe, não tem sangue no filme. Ok… tem algumas gotinhas aqui e ali (o que já é mais que o dobro dos outros filmes da Fox) mas nada digno de nota.


Levemente (mesmo!) inspirado na mini-série “Eu, Wolverine”, uma das mais clássicas aventuras do Wolvie, o filme tenta dar uma profundidade ao personagem fazendo-o ter de lidar com a culpa por ter matado a Jean em X-3.  Sou daqueles que não acha que filmes de super-heróis precisam de profundidade ou algo mais elaborado. Pra mim, o que vale é a porrada desenfreada e uma história típica dos quadrinhos. Mas se precisam, é só não exagerar pra não perder a mão.

Mas vamos começar falando dos pontos negativos:

O principal é que achei o filme bem arrastado em alguns momentos. Na verdade “desnivelado” é a palavra.  Alterna momentos de ação, briga,corre-corre com outros em que não acontece nada.



E como não poderia deixar de ser, preciso reclamar sobre o aspecto que sempre irá me incomodar em filmes: O romance. Ok…ok… Eu entendo que esse aspecto ajuda a chamar o “povão”. O público feminino ( e alguns masculinos) gostam e tudo isso, mas… realmente não me desce.

E aqui em Wolverine temos o mutante se envolvendo com a Mariko, neta do “véio morimbundo” citado acima, que se torna alvo de tudo que é organização criminosa do filme. Mas como costuma acontecer: O romance é tão raso que não sei nem se o público alvo engole. Os dois se conheceram praticamente no dia anterior e logo já estão lá caindo um pelo outro.

A mesma coisa com as aparições da Jean para representar a culpa dele por tê-la matado. Da primeira vez foi interessante. Da segunda … tá. A partir da terceira se tornou maçante. E olha que acho que ela nem aparece tanto assim mas ainda assim, ficou muito repetitivo. Mas tudo bem. Foi uma desculpa pra Famke Janssen aparecer e disso, eu não reclamo.



Os efeitos especiais também me incomodaram. Principalmente o CG. Logo no início do filme por exemplo há um urso que, mesmo que apareça só à noite (Recurso usado pra esconder CG mequetrefes), soa tão crível quanto o Tio Patinhas esbanjando dinheiro.

E, como não poderia deixar de ser: Fuja do 3D.  Sei que pode parecer reclamação de alguém que não vai com a cara dessa técnica extremamente revolucionária, mas dessa vez tem outros dizendo a mesma coisa então, deve estar ruim mesmo (Até para os padrões do 3D). Eu só assisti nesse formato por falta de opção ( e paciência pra esperar mais uma hora pela próxima sessão “normal” e legendada). Tanto que, se não fosse pela legenda, dava pra assistir ao filme sem os óculos sem problemas.



Mas vamos parar de falar de defeitos e vamos às partes boas:

Sei que muitos fãs irão reclamar e coisas do tipo mas eu gostei da versão do Samurai de Prata retratada no filme. Apesar de, em alguns momentos o CG dele cair na categoria do Urso citada anteriormente, no geral ficou bom. E rendeu uma boa luta com o Wolverine. E por falar em luta,  nesse quesito o filme é impecável. São todas bem coreografadas, e executadas. Como o filme se passa no Japão, obviamente temos lutas de espadas (ou espada contra garras) e elas também são lindas de se ver. E falando em Linda:

A Víbora, outra clássica vilã dos quadrinhos que aparece no filme  também ficou bem adaptada. Só achei meio sub-utilizada mas, assim como o Samurai de Prata, rende uma boa luta final.  Vale a curiosidade de que ela, nos quadrinhos faz parte da Hydra, aquela organização que era comandada pelo Caveira Vermelha no filme do Capitão América. Obviamente não poderiam mencionar isso por causa de direitos e coisas do tipo. Mas vale pros leitores fazer a ligação entre os diversos filmes.



No fim, Wolverine é um bom filme mas nada que vá mudar sua vida, mas é bom ver que a Fox está se recuperando no quesito adaptações de quadrinhos (Apesar de, como costume, eu ter gostado de todos os filmes dela - menos Elektra - reconheço que alguns são bem fraquinhos) o que só aumenta a expectativa para Dias de um Futuro Esquecido que será lançado ano que vem e, sobre isso, fiquem e vejam a cena pós -(que é no meio dos) créditos!!

Agora que venha Kick-Ass 2 e Thor: Mundo Sombrio, mesmo que eu não esteja animado pra nenhum dos dois, depois disso se fechará os filmes Marvel desse ano.



Ps. Há uma luta em cima de um trem que faz aquela de Homem-Aranha 2 parecer em câmera lenta.

Ps 2: Bem legal no Japão eles falarem em Japonês e não usarem o Inglês como língua universal.

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