segunda-feira, 25 de abril de 2011

Climatinê: Pânico 4 por Monitor

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Monitor


Pânico nos anos 90 se tornou um classico do gênero de horror por se aprofundar nas questões que constroem o gênero de maneira descontraida e, porque não, pop.Numa época onde essa mesma cultura pop começa a perceber seu real poder e importância, Pânico foi um desses filmes que culminou por mostrar como a geração daqueles dias via os filmes e a cultura ao redor deles. Então, o que esse novo Pânico trás, depois de 12 anos desde o ultimo filme, o que ele acresenta? Nada. E é por esse motivo que o filme é genial.


Antes de mais nada, vamos a sinopse: Sidney Prescott (Neve Campbell) agora é autora de um livro de auto-ajuda, e retorna para Woodsboro na última parada de sua turnê para promover o lançamento. Lá, ela reconecta-se com o xerife Dewey (David Arquette) e Gale (Courteney Cox) - agora casados, assim como sua prima Jill (Emma Roberts) e sua tia Kate (Mary McDonnell). Infelizmente, o retorno de Sidney também traz Ghostface(de volta com a voz do Macaco Louco, Roger Jackson) de volta, colocando Sidney, Gale e Dewey, junto com Jill, seus amigos e toda a cidade de Woodsboro, em perigo. Inspirado em vários filmes de terror, o assassino retorna, mas desta vez, as regras são baseadas em remakes de filmes.

Se a trilogia original focava como um filme de terror funciona em sua estréia e suas sequências, agora ele mostra o funcionamento dos remakes e o objetivo disso de ser a nova versão "oficial" para novas audiências, recriando os passos do classico, mesmo que isso não tenha o mesmo sucesso do que o original. O filme mostra também as facilidades de hoje em dia qualquer um fazer seu filme (de terror) virar realidade e fazer que essas mortes sejam vanglorizadas, sem ser levadas a serio, indicando também outra critica de Wes Craven: se algo se extende por tempo demais,(neste caso) a sensação de terror se perde, e tudo vira um looping de repetições, a novidade se perde.

O filme não trás exatamente novidades, já que os acontecimentos são os mesmos do primeiro Pãnico, e dái vem o golpe de mestre de Wes Craven: ele fez um filme fraco de proposito só pra comprovar aquilo que todo mundo já sabia: remakes são uma bosta.O filme é todo sobre isso,e não se leva a serio para trazer o tema a tona."Stab" ainda é relembrado em mini-festivais de terror, mas todos estão excitados com os velhos-novos atentados.Gale vê a volta das mortes na cidade como oportunidade a voltar a ser jornalista e automaticamente voltar a ser util. O unico que não quer mudanças no caso são Sidney, finalmente em paz consigo mesma e ajudando pessoas que também enfrentaram problemas serios, e Dewey, confortavel na posição de Xerife de cidade pequena.

Temos na parte jovem do elenco espelhos exatos e modernizados dos personagens do primeiro filme, com a diferença que partes deles já sabem das regras, e também com algumas inversões e homenagens de detrás das cenas que só os fãs da serie entenderam.No final das contas, Wes Craven não pode ter feito um grande filme, mas provou ter bolas por ter feito um filme abaixo da média só pra comprovar uma teoria.E isso merece ser respeitado e torna a experiência de ver o filme melhor ainda.

Nota:7,5

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