quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Caderno do L - Glory Daze (2010)

por
L

A premissa de “Glory Daze” é acompanharmos as fraternidades (especialmente a Omega Sig) da Universidade Hayes nos anos 80 (mais especificamente em 1986). Particularmente, me empolgou bastante, mas como sou uma putinha dos anos 80, isso não significa muito. Mas vamos aos detalhes.




Bom, geralmente acho um tanto injusto analisar um seriado pelo seu primeiro ou até primeiros episódios. Sinceramente, não achei "The Big Bang Theory" tão bom em seu início. Podemos notar isso pelo jeito como Sheldon era diferente nos primeiros episódios e como foi se aprimorando. Mas apesar de alguns retoques futuros, creio que esta será a espinha dorsal da série, e podemos constatar algumas coisas.

Joel é um rapaz bem comum. Por ter estudado num colégio apenas para garotos, tem dificuldade para se relacionar com garotas. Tem uma família também comum, mas que nem por isso não o faz passar por certos constrangimentos (embora isso seja um tanto inerente a todos nós). Mas Joel está mais preocupado em estudar bastante do que em entrar em uma fraternidade (preciso dizer que ele muda de ideia rapidinho?).

Além de Joel temos Chang (um asiático que aparentemente não vai ter tanto destaque quanto o quarteto) que é o colega de quarto de Eli (um judeu metido a sabe tudo do sexo); Jason (um ex-mauricinho que resolve cair na farra) e Brian (um atleta de bom coração, por incrível que pareça). Estes são os principais. Completam o elenco Mike Reno (o presidente gente boa da fraternidade Omega Sig), Damon Smythe (o mala estraga-prazeres também da fraternidade) e a lindinha Christie, por quem Joel obviamente tem uma queda logo de cara.
Brian, Eli, Christie, Joel e Jason

Alguns clichês obrigatórios (mas totalmente sem graça) como a fraternidade secreta (que por fora ninguém dá nada, mas por dentro rola a maior festa com centenas de pessoas vindas sabe-se lá de onde), a dos mauricinhos, a dos atletas, a mais legal de todas (sempre vigiada pelo Conselho de Educação)... Ainda temos o companheiro de quarto maluco, do virgem que se faz de pegador. Sem contar as piadinhas de produtos que na época parecem ridículos, mas depois fizeram o maior sucesso (neste caso, o e-mail).

O problema da série é que Joel tem muitos momentos de vergonha alheia, principalmente perto de Christie. Tudo bem que ele tenha vindo de um colégio para garotos, que é essa a graça da história, para ela achar ele bonitinho e depois gostar dele, blá blá blá... Mas poderia ser algo mais sutil, como Jay Baruchel em “Ela é demais para mim”. O professor meio marxista (hein? Em plenos anos 80?) que poderia ser um bom alívio cômico não tem a menor graça. E infelizmente, Mike Reno que deveria ser o chefe dos transgressores é muito calmo e apático.

Também nem preciso dizer que em 5 minutos já sabemos tudo sobre a série? (SPOILERS BRAVOS À FRENTE): Preciso dizer que Christie tem namorado? E que ele não vai com a cara de Joel? Que o tal namorado vai ficar a série toda atazanando ele? Que depois ele e Christie vão ficar juntos? Que a cada episódio irão Joel vai fazer alguma besteira que irá corrigir depois e ser o herói da fraternidade? Não preciso né?

Glory Daze” parece querer ser uma mistura de “Greek” com “That 80’s Show” (sim, o irmão mal-sucedido de "That 70’s Show") e “Se beber não case” (os eletrochoques, o maconheiro que faz coisas loucas e que depois não se lembra...).Vale pela beleza de Julianna Guill (a “inesquecível” Bree do novo "Sexta-Feira 13"... e quem viu sabe que não é sarcasmo), pela rápida  participação de Brad Garrett (o gigante irmão em “Everybody Loves Raymond”) como o pai de Joel e responsável por um dos únicos momentos engraçados (e não é de rolar de rir... é engraçadinho) do episódio. Mas não é somente de músicas antigas e um punhado de clichês que se sustenta um seriado.

Bom, concluindo, creio que não sou a melhor pessoa para falar de humor, afinal, se dependesse de mim, “Superbad – É hoje” e “Se beber, não case” cairiam no limbo do esquecimento sem fazer falta nenhuma à humanidade. Creio que “Greek” seja um pouco melhor, embora rapidamente se torne enjoativa. Mas também não me arrependo de ter dado segundas chances a outras coisas que me surpreenderam positivamente depois, tais como “Ranma ½” e o próprio Big Bang. Pelo menos não é um “Hot Tub Time Machine”, também conhecido como “A Ressaca”. Mas creio que infelizmente “Glory Daze” não terá vida longa. Mas tomara que alguém faça um seriado à altura dos anos 80.

3 comentários:

Corto de Malta disse...

Esse seriado que faça juz aos anos 80 pode ser até o próprio Glory Daze desde que explore o devido potencial.

Unknown disse...

Realmente, muito fraco, acredito que "Todo mundo odeia Cris", trás mais fidedignidade ao período dos 80...essa serie deixa muito a desejar, é um tipo de PORKIS, como se os 80 tivesse limitado a isso...a unica coisa que merece ser dita como boa é a trilha sonora!

Anônimo disse...

eu amo glory daze, ri muito na maioria dos episodios, sou muito fã de filmes de comédia, e superbad e se beber não case são ótimos filmes de comédia, pq vc nãopassa a falar de filmes dramaticos? HAHAU

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