Polêmica animação do Pequeno Príncipe estréia na França

Já imaginou a criação do escritor Antoine de Saint-Éxupery lutando kung fu como um personagem de Naruto ou enfrentando monstros ao estilo Harry Potter? Pois é, alguém imaginou...



O desenho francês, que custou a inedita cifra de 18,6 milhões de euros, tem a intenção de aproximar o clássico personagem da Literatura das novas gerações. 
"Queríamos que o Pequeno Príncipe tivesse olhos grandes e, por que não, vê-lo lutar e fazer kung fu." - disse Oliver D'agay, sobrinho de Saint-Éxupery e presidente da empresa que administra seu legado. 

D'agay argumenta que, com o lançamento de produtos temáticos inspirados no desenho, o lucro será destinado a Fundação Saint Éxupery, que ajuda a promover a prática da leitura entre crianças de todo o mundo.
Porém, José Martinez Fructuoso, outro herdeiro do escritor, é contra essa abordagem modernizada e declarou que não permitirá que se faça qualquer coisa com sua obra. No entanto, o desenho não só foi produzido como é amparado legalmente pela Justiça, que concede a Fructuoso apenas uma parte dos lucros.

Há quem alegue também que esse "novo" Pequeno Príncipe foi criado pelo fato do personagem clássico em breve cair em domínio público, sendo esta uma forma dos herdeiros criarem um personagem ao mesmo tempo identificável junto ao grande público, mas suficientemente "original" para não poder ser usado por qualquer um.
A nova animação do personagem, La Planet du Temps (O Planeta do Tempo) estréia agora no fim de dezembro lá na TV francesa.

Bem, coincidência ou não, eu conheci o Pequeno Príncipe através de uma versão em anime autêntica (que foi exibida durante anos no SBT), produzida no Japão, em que ele tinha olhos grandes e foi essa versão que me levou a ler o livro, ao qual era bastante fiel.
Mas conversando com muita gente, alguns diziam que não curtiam a animação porque ela era muito melancólica. Diga-se de passagem, o livro é melancólico do primeiro ao último parágrafo.

Só, apesar de tudo apontar contra, eu assisti o trailer desse novo desenho e tive uma boa impressão. A de que, apesar de modernizarem os elementos que formam a essência da obra, eles ainda estão lá, o que não quer dizer que vá ser tão bom quanto o desenho antigo. Enfim, só vendo mesmo pra se ter certeza do resultado, mas enquanto isso fiquemos com o trailer:



FONTE: Comentando a Notícia.